Que isso tudo é vazio, não é novidade. Porém tijolos de ouro tentam nos convencer que existe uma verdade, aquela verdade especial, a preciosa, que cala nossa boca só de se mostrar...
Zumbis enfeitados com suas jóias reluzentes convencem seres fortes e corados a morrerem sempre, todo o amanhecer. Tantas cores na tela entontecem nosso senso, prendem nossa respiração, aprisionam peças valiosas.
Mas não podem esconder o abismo por muito tempo, não, não podem. A vertigem do despertar, da vigília, dos momentos livres e inúteis não deixará nossa sensibilidade metalizada. Homens sérios se desmancharão diante dos nossos sentidos. Rituais distraídos perderão suas máscaras, e quando todo o nada se revelar, nossas bocas serão descosturadas eternamente, sem cicatrizar, num constante criar, numa eterna revolução.
Que tudo isso é vazio, não é novidade. Mas não há decepção na conclusão, e sim criação, esperança, recomeço, poder.
Tudo pode mudar... A realidade não existe, eis a boa notícia! No vazio podemos construir nossos sonhos vazios.
Sim, nosso vazio é criativo...
Sim, nós somos deuses!
Nenhum comentário:
Postar um comentário