Com as pontas dos dedos,
Se segura no chão.
Com toda a sua força infalível,
Se prende ao chão.
A primeira parte se destaca,
Quase risonha.
A segunda nem avisa,
De vergonha.
E a terceira já nem se percebe,
Medonha.
Assim ele vai-se indo,
Seguro ao chão.
Até que não sobra nada.
Não sobra braço.
Não sobra perna.
Não sobra mão.
E um último grito se ouve.
Quase como uma comemoração.
Uma insana comemoração.
Se segura no chão.
Com toda a sua força infalível,
Se prende ao chão.
A primeira parte se destaca,
Quase risonha.
A segunda nem avisa,
De vergonha.
E a terceira já nem se percebe,
Medonha.
Assim ele vai-se indo,
Seguro ao chão.
Até que não sobra nada.
Não sobra braço.
Não sobra perna.
Não sobra mão.
E um último grito se ouve.
Quase como uma comemoração.
Uma insana comemoração.
Entendo essa a comemoração de quem fica e de quem vai, esvaindo-se a memória de tudo o que não pode ser mais. Mas quem sabe voar seja bom, a altura da queda é que dá o tom. O tosco da figura é a única coisa que absorvo, pois a primeira parte, a da superfície, é tão raso, que até me dá asco tamanha sordidez. Essa força, a força da unha que descasca feridas, roeu também o céu desde o ponto de partida até o limite onde ele se achava incréu. Um pombo desgarrado...
ResponderExcluirEstavas se escondendo de mim, mas eu o encontrei.
ResponderExcluirLugar lindo esse teu dentro de ti. Muita poesia e paz.
Flores!
Quase criou raízes. Lindo seu poema.
ResponderExcluirBeijooO*
Glauber, estou participando de um grupo no Facebook chamado Desafio Poético, onde o objetivo é publicar uma poesia diariamente por 250 dias para difundir o gênero e nossos trabalhos. Você não quer fazer parte não?
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